A varíola dos macacos é uma infecção causada por um vírus que geralmente se manifesta de forma leve. É transmitida quando alguém tem contato próximo com as lesões de pele, secreções respiratórias ou os objetos usados por uma pessoa que está infectada.
O vírus ainda pode ser passado de mãe para filho durante a gestação, através da placenta.
Os principais sintomas são febre, dor e o aparecimento de lesões e feridas em algumas partes específicas do corpo, como:
Febre;
Dor nas costas;
Dores musculares;
Dor de cabeça forte;
Falta de energia intensa;
Inchaço nos linfonodos (conhecido popularmente como "íngua").
Terminado o período de invasão, começa a segunda etapa, que é marcada por feridas na pele. Geralmente, essas marcas cutâneas surgem depois de 1 a 3 dias do início da febre. As feridas costumam se concentrar no rosto, nas extremidades do corpo, como a palma das mãos e na sola dos pés, na mucosa da boca, na genitália e nos olhos.
A varíola dos macacos pode matar?
A varíola dos macacos é um quadro autolimitado. Isso significa que, após duas a quatro semanas, os sintomas passam e a pessoa fica bem. Os casos mais severos acontecem com mais frequência em crianças e têm a ver com a condição de saúde e uma grande exposição ao vírus.
As complicações também são mais comuns em pacientes com problemas no sistema imunológico. Quadros graves estão relacionados ao surgimento de pneumonia, sepse, encefalite (inflamação do cérebro) e infecção ocular, que pode até levar à cegueira.
A taxa de mortalidade por varíola dos macacos varia entre 3 e 6% nos pacientes infectados.
Pessoas com mais de 40 ou 50 anos parecem estar mais protegidas. Isso acontece porque elas foram vacinadas contra a varíola no passado.
Tratamento
O tratamento da varíola dos macacos envolve o suporte clínico e o alívio dos sintomas, como dor e febre. Geralmente, os profissionais de saúde pedem muito cuidado com a alimentação e a hidratação, para que o organismo tenha boas condições de combater o vírus.
Quando o paciente sofre com infecções secundárias, também é possível usar medicamentos específicos para lidar com esses outros vírus, bactérias, fungos ou protozoários. A OMS também destaca que existe um antiviral chamado tecovirimat, que foi desenvolvido especificamente para tratar a varíola dos macacos.
Diagnóstico
Se o profissional de saúde suspeita que um paciente está com varíola dos macacos, ele pode indicar a realização de alguns testes. Os exames laboratoriais, alguns deles já disponíveis no Brasil, analisam a amostra, geralmente colhida das lesões na pele, e detectam a presença do vírus. Uma das técnicas utilizadas é a PCR, conhecida também por ser usada durante a pandemia do covid-19.
Prevenção
As vacinas são a principal forma de prevenção. Existe uma vacina mais recente contra a varíola dos macacos, feita a partir do vírus atenuado modificado em laboratório.
De acordo com a OMS, uma série de estudos observacionais descobriu que o imunizante que protege contra a varíola tem uma efetividade de 85% contra a varíola dos macacos.
No Brasil, o Ministério da Saúde anunciou que está negociando a compra de vacinas contra a varíola. O Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz também estão estudando a possibilidade de fabricar doses no próprio país.
Além da vacina, outras formas de prevenção envolvem a vigilância e a identificação rápida de novos casos.
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